O anime foi lançado em 2014. Lembro que, naquela época,
me empolguei em ver conforme o lançamento, o que é incrível vindo de mim, já
que não tenho paciência. Eu amei a produção. As vozes se encaixaram
perfeitamente aos personagens. Eles tentaram seguir a história original o
máximo possível, mas, como toda obra, tem alguns cortes que eles acharam
necessários. Gostei bastante do anime. Achei uma pena ter tido poucos
episódios. Até hoje, me pergunto por que uma história tão incrível não teve uma
segunda temporada. Acredito que todos os fãs estavam esperando por isso, afinal,
o final do anime foi extremamente ambíguo. Porém, já passaram 5 anos e nada. Os
fãs tiveram que se satisfazer apenas com o mangá, o que não é de fato um
problema, mas teriam gostado se tivesse saído outra temporada.
O live-action
foi lançado em 2014 também. Naquela época, eu era bem resistente aos filmes
japoneses, que tinham uma péssima qualidade. No entanto, esse me surpreendeu.
Depois de ver tantos ruins, finalmente os japoneses se superaram. A qualidade
está incrível. Ele foi meio que um resumão, até porque não é fácil fazer uma
história de 14 volumes se transformar em 1 hora e meia de filme. Eles fundiram
alguns acontecimentos, cortaram outros, mas colocaram as cenas principais e
mais importantes, sem falta. Acho incrível quando vemos, na tela, aquela cena
que só vimos ilustração, perfeitamente idêntica. Os atores escolhidos caíram
tão bem com cada personagem, que parece que haviam nascido para o papel. Me
senti realmente diante dos personagens, os quais eu via no mangá. Muito
incrível. Diferentemente do anime, que só foi até uma parte da história, o live-action faz um resumão e consegue
chegar até o final.
A história envolve uma adolescente que, embora já esteja em seu
primeiro ano do ensino médio e muitas coisas já tenham mudado, não consegue
esquecer os sentimentos que foram desenvolvidos durante o melhor verão de sua
vida, no ensino fundamental. Naquele dia, em meio a chuva, se abrigou em um templo
no caminho de casa e acabou notando a presença daquele único garoto que chamava
a sua atenção. Ela odiava garotos, por vários motivos, no entanto, por alguma
razão, não conseguia odiá-lo. Havia uma sensação de segurança e conforto que vinham
de sua presença. Tímidos com esse encontro inesperado, o garoto, a fim de puxar
conversa, diz: “Caiu ... meio que do nada, né?”. Uns dias depois, ele a convidou
para irem ao festival juntos. Contudo, quando o dia chegou, ela o esperou,
esperou, mas ele não apareceu. Ansiosa, esperando que as férias de verão
acabassem para saber o que havia acontecido e dizer, finalmente, os seus
sentimentos, fica frustrada quando recebe a notícia de que ele havia se mudado.
Esse foi o fim do seu primeiro amor. Um amor do qual ele nunca saberia a
existência.
Agora, ela está
em uma nova fase de sua vida, e mesmo que aquelas lembranças calorosas estejam
bem guardadas em seu coração, existem coisas mais sérias, no momento, que ela
precisa lidar. Praticamente, no fim do seu primeiro ano do ensino médio, ela já
não era mais a mesma de antes. Muitas coisas ruins aconteceram e contribuíram
para o que ela é hoje: uma garota que oculta seu verdadeiro jeito de ser para
poder fazer amigas. Por causa de um mal-entendido durante o fundamental, que a
levou a ser excluída da turma e a não ter amigas, resolveu se comportar de
forma diferente em sua nova vida, para não acontecer novamente. Mesmo diante desse
tipo de vida, ela ainda sente falta daquela época e, às vezes, quando escuta o
sobrenome dele por aí, faz uma pausa para observar se não seria ele. Um dia,
nos corredores da escola, um garoto acaba esbarrando nela. Embora ela não
tivesse visto seu rosto e a voz fosse diferente, aquele encontro a fazia pensar
que poderia ser o seu primeiro amor. Ao correr na direção dele, antes que
pudesse chamar o seu nome, alguém o chamou por um nome diferente, o que o fez
olhar para trás. Com sua cabeça cheia de pensamentos sobre aquele momento, enquanto
ia para casa, avista aquele mesmo garoto. Ele olha para trás, encarando-a
diretamente, e entra no templo. Sim, aquele templo onde, pela primeira vez, ela
havia conversado com seu primeiro amor, naquele verão. Sem pensar duas vezes,
ela o segue. Quando chama o seu nome, o garoto a encara e diz que não era ele.
Então, envergonhada, ela pede desculpas e se vira para ir embora. Contudo, o
rapaz diz: “Caiu ... meio que do nada, né?”. Seu primeiro amor estava ali e, enquanto
conversavam, acabou descobrindo que não somente sua altura, voz e nome haviam
mudado, mas seu interior era diferente. Agora,
uma nova história está para se iniciar a partir desse reencontro com o seu
primeiro amor. O que aconteceu para ele mudar tanto? Como será o relacionamento
deles a partir de agora? Poderia o amor daquela época renascer?
Futaba
Yoshioka é uma garota bonita que, antes, era meiga e muito feminina. Foi
excluída pelas meninas e abandonada até mesmo por sua melhor amiga, por ser
popular entre os garotos, o que causou vários mal-entendidos. No ensino médio,
ela decidiu mudar, se forçando a se tornar menos atraente possível, sendo uma
garota sem modos, barulhenta e comilona. Apesar dela nos mostrar essa falta de
otimismo no começo, no desenvolvimento, ela começa a nos mostrar a sua coragem,
se tornando uma heroína impressionante. Começa a ver que amizades que foram cultivadas,
escondendo quem era, eram apenas amizades superficiais. Então, começa a nos
mostrar sua determinação, gentileza e seu lado compressível. O que torna essa
personagem mais especial é não hesitar. Uma vez que se libertou de todas as
amarras do passado, se tornou verdadeira consigo mesma e corajosa. Quando tinha
certeza do que queria, não hesitava nem um seguindo e ia em frente. Assim, ela
conquistou verdadeiros amigos e teve força para ajudar a pessoa que lhe era
especial. Futaba passou por muitas situações difíceis, mas, mesmo assim,
decidiu que derrubaria seja lá quantas portas fossem necessárias para alcança-lo.
Kou Mabuchi é um rapaz
bonito. Era extrovertido, calmo e gentil, no entanto, após passar por diversas
situações difíceis, se tornou um adolescente sarcástico e rude. É uma pessoa
que mostra um bem-estar superficial e que só não engana aqueles que o conhecem
bem. Kou se tornou depressivo e indiferente, e o que o deixou assim está
envolvido por muito mistério. Apesar disso trazer um certo charme, ele, na
verdade, está lidando com muita dor, em profunda escuridão e, no fundo, está
gritando por socorro incansavelmente. Kou não se permite se aproximar demais
das pessoas, sempre levantando paredes e impedindo que se aproximem além do que
devem. No entanto, ao reencontrar Futaba, não importava o quão rude ele fosse e
o quanto a empurrava para longe, ela continuava escalando suas paredes e
descobrindo mais sobre essa dor e escuridão que estavam tragando-o todos os
dias. Foi assim que ela se tornou a sua
heroína, a sua luz no fim do túnel frio e escuro que estava vivendo.
Ao se reencontrarem, várias coisas sobre o passado, que
ficaram sem explicação, foram solucionadas: os sentimentos recíprocos, os
mal-entendidos e o que o levou a desaparecer. No entanto, ainda que, naquela
época, eles estivessem envolvidos pelos mesmos sentimentos, agora era outra
etapa de suas vidas e muitas coisas haviam mudado, os sentimentos, muito
provavelmente, também. Mesmo assim, era fato que nada daquilo havia morrido de
verdade. Ela continuava buscando o seu amado do passado no atual, mesmo que não
tivessem vestígios e, constantemente, dizia a si mesma que não gostava do
atual. Aos poucos, ainda que não admitisse de imediato, estava sendo cativada
por esse novo Kou, que ficava oscilando entre suas atitudes do passado e as atuais.
Assim, estava cada vez mais convicta de que queria alcança-lo e salvá-lo, custasse
o que custar. Ainda que não fosse aquela que estava em seu coração, pelo menos
como amiga queria o ajudar. Eu admiro
muito a Futaba, por se tornar uma garota tão forte e cheia de atitudes. Nos
mostrou várias vezes que, não importa o quanto amamos muito alguém, não podemos
esquecer o nosso amor próprio. Temos que nos dar o direito de seguir em frente
e não nos afundar em um amor que parece que nunca será correspondido. Muitas
coisas aconteceram, felizes e tristes. Ainda assim, o destino estava reservando
algo inimaginável para a vida de ambos.
Yuuri Makita é uma
estudante do ensino médio, feminina, meiga e fofa. Apesar de aparentar ser
indefesa e ser ignorada por todas as meninas de sua sala, vejo que tem muito
amor próprio, não se deixando ser reprimida tão facilmente por essas coisas.
Não está disposta a mudar de jeito algum para a satisfação alheia. É ela mesma,
sem sentir culpa por isso. Mesmo que solitária, ela não tem medo e nem vergonha
de ser quem é. Depois de Futaba ter vencido seu complexo que a levou a ter
amigas superficiais, elas se tornaram verdadeiras melhores amigas. Yuuri acaba
se apaixonado por Kou, o que causou uma pequena bagunça no coração da amiga, que
não queria admitir seus sentimentos, mas que sabia que existiam. Tinha medo de
perder a amiga, se dissesse que gostava do mesmo garoto. Em meio a muitas
situações, ambas foram honestas uma com a outra e decidiram fazer o melhor de
si para conquistar o Kou, sem ressentimento de ambas as partes.
Shuuko Marao é uma
estudante do ensino médio, muito bonita, exteriormente fria e séria. Um
verdadeiro lobo solitário que levanta muros, evitando que as pessoas se
aproximem. Tudo isso por não confiar nas pessoas, principalmente em garotas,
por causa de acontecimentos do passado. Ela se apaixonou pelo professor Tanaka,
irmão mais velho de Kou, depois dele dar vários conselhos para ela aproveitar o
ensino médio e escolher sua profissão. Shuuko declarou que, no futuro, queria
ser esposa dele e se tornou séria em suas investidas. Ele não corresponde, mas
não a rejeita por completo, nos fazendo entender que ela mexe com seus
sentimentos, de certa forma. No entanto, ela ainda continua em seu mundo
fechado, que volta e meia um colega de sala, animado, tenta invadir. As coisas só se transformaram na mudança da turma para
o segundo ano, quando acabou virando amiga de Yuuri e Futaba. No começo, a
aproximação foi à força, mas ficaram amigas verdadeiramente. Muitas coisas
acontecem, inclusive as mudanças de sentimentos.
Aya Kominato é um
estudante do ensino médio. Ele é mestiço (filho de japonês e francês),
extrovertido, espontâneo, atencioso e muito aberto. No começo, parece que ele
não tem nenhum problema social, mas, no desenvolvimento do mangá, vemos que,
quando criança, enfrentou alguns probleminhas, por ser mestiço e todo meigo.
Então, após sua irmã mais nova nascer, decidiu se tornar mais forte e começou a
conquistar o seu lugar, sendo extrovertido e não levando nada ao pé da letra.
No entanto, ele não conseguiu nenhum amigo verdadeiro. Algumas pessoas eram
legais pela frente, mas falavam mal pelas costas. Uma vez que ele foi defendido
por Shuuko Marao, no primeiro ano do ensino médio, ela se tornou sua heroína e
seu interesse amoroso. Ele fez de tudo para fazê-la lhe dar atenção, mas ela
não se abria. No segundo ano, ficou na mesma sala que ela e prometeu fazê-la se
abrir nessa nova etapa. As coisas acabaram indo bem para ambos. Ela fez amigas
e ele, finalmente, fez um grande amigo, o Kou, de quem, no começo, não gostava,
por ser irmão do professor Tanaka, porém, acabou criando uma profunda amizade
com ele. Ele mostrou ser um grande amigo e foi uma das pessoas a somar em
salvar o Kou da escuridão que insistia em ficar. Aya também deu duro para conquistar
o coração de Shuuko.
Touma Kikuchi é um estudante
do ensino médio. É um garoto tímido, gentil e honesto. Apesar de sua aparência,
tem atitudes muito másculas. É fofo como ele fica facilmente ruborizado. Touma é
da mesma série que os demais personagens, mas é de outra sala. Ele acaba
conhecendo Futaba em um incidente bem constrangedor, que o levou a ter uma
péssima primeira impressão dela. No desenvolvimento, acaba se apaixonando pela
Futaba e, mesmo sabendo que ela era apaixonada pelo Kou, deseja profundamente
que ela o considere. Sua aproximação de Futaba, acendeu chamas de ciúmes em
Kou, que, às vezes, sem perceber, fazia coisas para os afastar. Uma vez que o
seu rival no amor machuca seriamente a sua amada, resolve se declarar e fazê-la
enxerga-lo. Acho que ele é um verdadeiro amorzinho. Gostei muito dos momentos
que teve com a Futaba. Acho-o extremamente compressível, o que pode ser bom ou
lamentável.
Yui Narumi é uma
estudante do ensino médio. Era amiga da mesma escola de Kou, quando ele se
mudou durante o fundamental. Aparentava ser gentil, amigável e sociável. Ela e Kou ficaram amigos na época, porque ela
o ajudou a socializar na sala. No entanto, logo se apaixonou por ele, mas o
mesmo já deixava claro para todos que tinha alguém em seu coração. Depois de um
tempo, acabaram perdendo o contato, recuperado apenas em um trágico momento da
vida de ambos, o que os fez ficarem amigos próximos novamente. Ela apenas aparece no mangá e no live-action. Ela volta à vida de Kou muito
mudada, assim como ele. Contudo, se tornou totalmente dependente da boa vontade
do Kou e usou todos os meios emocionais possíveis para prendê-lo a ela, mesmo
que isso significasse afundá-lo na escuridão.
AoHaraido ou Ao haru ride não é tão diferente de muitas histórias,
no entanto, provavelmente por não se uma história em que o homem salva a
mocinha, mas uma heroína que salva o mocinho, torna-se muito mais intrigante e
interessante. É diferente dos demais. Com toda certeza, eu indico: anime, mangá
e live-action. Você tem que ver todos,
porque são realmente muito bons. Não faz
muito tempo que o mangá foi concluído, mas demorei a terminar de ler. Quando
cheguei ao último volume, a autora me deu um susto tão grande, que afirmei: “Se
for o que estou pensando, boto fogo em todos os volumes, só de raiva.”. Ainda
bem que foi alarme falso. INDICADÍSSIMO!!!
Gênero: Romance, drama, comedia, Shoujo
Autor: Io Sakisaka
Mangá: 13 Volume
Anime: 12 episódios
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