Taiyou no Ie



        Há muito tempo, encontrei esse mangá, que estava somente no começo. Cativei-me totalmente, porque amei a história e os personagens. Estava muito ansiosa com o desenvolvimento. Todavia, como demoram tanto para lançar os capítulos, acabei deixando de lado, por um tempo. Recentemente, descobri que ele estava concluído e achei que era a oportunidade perfeita para, finalmente, ler toda a história. Como já era de se esperar, me apaixonei de modo geral. É, com certeza, o tipo de mangá que relerei um dia. Para ser sincera, agora mesmo estou com muita vontade de ler de novo. Ele foi lançado em 2010 e tem uma ilustração muito bonita. Um lado meu tem uma esperança disso aqui virar um live-action ou dorama, porque é um amorzinho.
            A história envolve uma garota solitária que, quando era criança, mesmo passando por algumas dificuldades em sua família, encontrava paz sendo acolhida pela família Nakamura, seus vizinhos. Naquela casa, seus dias solitários se enchiam de felicidade. Porém, seus pais se separaram e ela foi morar com o seu pai um pouco mais longe. Ainda assim, quando possível, ela conseguia ir para aquele lugar, onde sentia o que era um lar de verdade. No entanto, alguns dias depois, recebeu uma notícia muito triste: o pai e a mãe Nakamura haviam morrido em um trágico acidente num dia de chuva. Os dois menores foram morar com parentes, separadamente, e o irmão mais velho, que já era um adolescente, ficou na casa para protegê-la, até o dia em que conseguisse unir a família novamente. Essa garotinha solitária perdeu seu santuário.
            Passados alguns anos, já sendo uma estudante do ensino médio, seu pai resolveu casar novamente. Ela, que já sentia que não tinha quase nada, achava que também havia perdido seu único lugar, já que agora seu pai tinha uma nova filha e uma esposa. Desorientada e pensando o que fazer com sua vida, ela foi para o mesmo lugar que sempre ia para chorar sozinha, debaixo de um templo. Então, o único integrante da família Nakamura que ficara por ali, o irmão mais velho, que agora já era um adulto, a viu. Enquanto escutava seu desabafo, dizendo que não queria mais voltar para aquele lugar, lhe fez o convite de ir morar com ele, até que sentisse vontade de voltar para a sua casa. Agora, ela voltará para aquela casa que sempre fora seu santuário, junto dessa pessoa que, apesar de se fazer de forte, tem sido tão solitária quanto ela. E agora? Que tipo de desenvolvimento terá? Ela encontrará, finalmente, o seu próprio lugar?


            Mao Motomiya é uma adolescente bonita, inteligente, rude e insensível. Melhor dizendo, é um pouco tsundere. Não é muito sincera quanto aos seus sentimentos, mas é, na verdade, muito compreensível e calorosa. Quando criança, passava muito tempo sozinha, já que seus pais trabalhavam muito. Apesar de se sentir solitaria, nunca os culpou por isso, já que eles diziam que era para o bem dela. Depois que seus pais se divorciaram e sua mãe desapareceu, passou a viver somente com seu pai, por um bom tempo. Por viver dessa forma, não teve uma educação muito boa e nada lhe foi ensinado corretamente. Depois de ir viver com Hiro Nakamura, começou a ser corrigida de seus maus costumes e, pela primeira vez, passou a ter regras. Logo, ela se tornou mais educada, mudou seu jeito de falar e começou a ter interesse em aprender afazeres de casa, o que para ela pode um caso perdido, quando se trata de cozinhar. Diferentemente dos adolescentes, que se irritam por serem limitados, ela se sentia feliz, porque nunca teve regras. Alguém fazer isso por ela a fazia sentir que, de fato, se preocupava e se importava.  Por isso, fazia tudo com grande sorriso no rosto. Mao tem um segredo: ela escreve novelas de celular. A história, embora tenha seu lado fictício, é inspirada na casa Nakamura, no Hiro e em seus próprios sentimentos. Essa garota de poucos amigos nunca se apaixonou e nem sequer havia tido interesse nisso. Contudo, aos poucos, essa convivência com Hiro mudava algo dentro dela, fazendo-a vê-lo como muito mais que um amigo de infância, mas como homem que era. Poderia ele corresponder a esses sentimentos? 


            Hiro Nakamura é um homem muito centrado, dedicado e familiar. Como irmão mais velho, ainda que fosse doloroso e difícil, desde aquela época, tentou passar um ar de pessoa forte, não chorando nem mesmo no funeral, para que pudesse ser o apoio de seus irmãos. Como ele amava muito a vida que tinha naquela casa enorme, que seus pais deram tão duro para construir para família estar junta, decidiu viver sozinho ali, para proteger aquela casa. Ainda adolescente, estudava e trabalhava. Nunca se deu o direito de viver como um adolescente normal, pois sempre pensava no futuro e em seu sonho de reunir a sua família novamente e, um dia, construir a sua própria. Agora, adulto, com um trabalho fixo, finalmente recebe o suficiente para poder trazer seus irmãos mais novos de volta. No entanto, não é tão fácil assim, afinal, eles já construíram suas próprias vidas onde estão.


            Em meio a essa desilusão, ele acaba encontrando a Mao, aquela garotinha que, mesmo morando longe, sempre arrumava desculpas para saber se ele estava bem. Ela estava desolada, no mesmo canto de sempre. A garota era tão solitária quanto ele era agora. Para o Hiro, Mao sempre foi uma parte de sua família, por isso não hesitou ao convida-la para morar com ele. Se pensar bem, fazer uma adolescente ir morar com um homem solteiro poderia ser interpretado de forma errada. Contudo, Hiro só a via como uma preciosa irmãzinha. Tê-la em sua casa foi uma das melhores coisas, afinal, sua presença e esse sentimento de ter alguém te esperando em casa o mudaram e lhe deram coragem de continuar seguindo seu sonho.

            A sua casa era, finalmente, um lar, ainda que com apenas dois integrantes. Ele voltou a acreditar que conseguiria trazer os seus irmãos, em breve. Ainda que fosse um homem maduro, Hiro apenas se dedicava a trabalhar e não tinha namorada, mas tinha uma mulher no trabalho cujo o jeitinho meigo e sorriso eram algo que aliviava seu estresse. Nas horas vagas, ler uma novela de celular lhe dava força para seguir em frente. Por alguma razão, essa novela lembrava seus próprios sentimentos. Mesmo não sabendo quem escrevia ao certo, uma parte dele achava que era essa colega de trabalho, já que rumores diziam que ela escrevia novelas. Depois que Mao foi morar com ele, fazia o possível para estar presente em casa no horário certo, para não permitir que ela ficasse solitária. Assim, ele não saía mais com seus colegas, com a desculpa de que tinha uma irmã que estava sozinha em casa. Não tinha como ele enxergar Mao como mulher, no entanto, por alguma razão, alguma coisa mudava dentro dele. Provavelmente, depois dela ter se declarado e ter dito que era uma brincadeira, tenha mudado algo dentro dele e feito-o olhar diretamente para a pessoa que realmente estava ao seu lado, mesmo que de um modo desajeitado, fazendo de tudo para o apoiar e ajuda-lo a conquistar seus sonhos. Porém, ele é uns 7 anos mais velho, ela é apenas uma adolescente e ainda mora em sua casa. Não seria responsável dar esse tipo de esperança. As coisas ficaram um pouco mais complicadas, depois de seu irmão mais novo voltar e declarar que gostava dela. Como será esse desenvolvimento a partir de agora?


            Daiki Nakamura é o irmão do meio. Ele tem a mesma idade de Mao. É bonito, inteligente, perspicaz e sério. No começo, não queria voltar, por medo das lembranças dolorosas e de voltar para uma casa onde seus pais não estão mais. Além disso, não queria ser um peso para seu irmão. Porém, depois de descobrir que a Mao estava vivendo lá, resolveu voltar. Primeiro porque não achava certo que eles vivessem juntos sozinhos. Segundo porque todos os sentimentos, que ele achou que sumiram por causa do tempo, voltaram assim que a viu novamente. Ele temia que essa aproximação entre seu irmão e ela pudesse desenvolver algo que sempre temeu. Na verdade, ambos mantinham uma atenção bem maior um no outro, mesmo quando mais novos, e isso lhe enchia de ciúmes.   Na sua volta, deixa claro seus sentimentos em relação a Mao. Ao invés de fazer seu irmão recuar, só acordou algo que ele estava em negação por um bom tempo, por segurança e responsabilidade. Daiki, mesmo sendo um pouco sério, fez o seu melhor para ser visto por Mao, como mais que apenas um bom amigo.


            Ai Sugimoto é uma mulher que trabalha na mesma empresa de Hiro. É uma moça bonita, meiga, desajeitada e tímida. Embora não se dê bem com homens, trabalha com vários e está sempre, de certa forma, sendo intimidada e cortejada. Por causa do Hiro, passou a se sentir mais à vontade e, vendo como ele era diferente dos demais, acabou se apaixonando. Ai escreve novelas de celular também. É muito fã de personagens de época. Na verdade, é bem otaku e gosta muito de yaoi. Na internet, é conhecida como Radical. É uma grande fã da novela feita por Mao, tanto que, coincidentemente, elas viraram amigas virtuais. Depois de um tempo, resolveram se conhecer pessoalmente e viraram amigas confidentes, que falavam de seus interesses amorosos uma para outra. Mal elas sabiam que se tratava da mesma pessoa. Depois que Mao, por acaso, descobriu ao ver uma foto do interesse amoroso da senhorita Radical, ficou sem saber o que fazer. Porém, decidiu ser sincera e isso foi, praticamente, o fim da amizade, já que a Ai deu uma grande mancada. Inclusive, até roubou a identidade de autora da novela, para que pudesse ter assuntos em comum com Hiro. Ela é uma boa pessoa, mas a inveja e o ciúme a fizeram fazer coisas ruins.
            Eu amei muito esse mangá. Enchi-me de ansiedade no desenvolvimento e o final foi um amorzinho. Fiquei satisfeita. Eu amo muito cada personagem desse enredo. Teve outros personagens, mas como esses são os primordiais, falei só deles. Quero citar o pai da Mao, que parecia nem se importar com a filha. Foram bem irritantes as atitudes dele, embora, depois, as coisas se revelaram naturalmente. Teve a irmã mais nova de Hiro, que não queria voltar de jeito algum. Mais um pretendente que se declarou a Mao. E a mãe egoísta da Mao, que aparece na maior cara de pau, querendo leva-la consigo, justamente depois da menina ter encontrando o seu lugar e viver feliz. Muitas coisas interessantes acontecem. Com certeza, sentirei saudade, mas lerei novamente. INDICADÍÍÍÍÍSSIMO!!!


Gênero:     Romance,  shoujo, Slince of life 
Autor:    Ta'amo
Mangá:    13 Volumes

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