Encontrei esse dorama
totalmente por acaso, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o estrangeiro da
capa. Foi a primeira vez que fui trollada tão lindamente. Tudo o que eu
estava esperando acontecer correu totalmente diferente, e isso foi
decepcionante. Toda vez que assisto, fico muito contrariada, porque realmente
acreditava que “Tamra, The Island” era diferente de tudo o que eu já via
assistido, até agora. Mesmo assim, não posso dizer que não gostei dele. Foi
muito bom, inclusive a participação do britânico, que tornou tudo muito
especial. Esse dorama histórico foi lançado em 2009. Tem uma história muito única
e acredito que poucas pessoas a conheçam. As outras não fazem ideia do que
estão perdendo. O elenco é muito interessante, tem vários rostos diferentes,
mas o que mais me chama a atenção é o estrangeiro, que fez um dos principais
personagens. Mesmo sendo um tanto antigo, tem uma boa produção. Aproveitem, pois
está disponível no Viki. Assistam, antes que saia do ar.
A história envolve três vidas distintas. Um jovem
britânico de família rica, que é apaixonado pela cultura e arte asiática, vê a
oportunidade de conhecer isso mais de perto, quando seu amigo japonês, mercador,
o convida para viajar até o Japão. No entanto, no caminho, acaba sofrendo um
naufrágio. Uma jovem desajeitada, mergulhadora, coreana, da ilha de Tamra
(Jeju), sofre por não ter herdado a habilidade de uma boa mergulhadora de sua
mãe. Contudo, por ser uma tradição das mulheres da aldeia, ela tem sido
obrigada a seguir esse caminho, por mais que não deseje. Frustrada com tudo
isso, ela sonha em poder ir para muito longe, até onde o mar alcança. E um
nobre misterioso, que foi exilado devido ao seu péssimo comportamento de assediar
mulheres. Ele acaba chegando em Tamra.
As vidas desses três estão prestes a se cruzar de uma
forma extremamente inesperada. A
mergulhadora, enquanto fugia de seu trabalho diário, acaba encontrando algo
dourado e suspeito. Ao verificar do que se tratava, fica surpresa e assustada
quando um ser extremamente diferente do que já havia visto está à sua frente.
Porém, durou só uns segundos, pois logo se encheu de curiosidade sobre aqueles
olhos azuis, pele branca e cabelo cor de ouro. Seu primeiro instinto foi escondê-lo.
Mesmo que não fossem capazes de entender a linguagem um do outro, de alguma
forma, eles se se entendiam. Ao voltar para casa, entre várias situações
confusas, o exilado é condenado a viver em uma casa plebeia. Essa casa era
exatamente da jovem mergulhadora. Logo de cara, não se davam bem. Enquanto ele,
misteriosamente, ficava vasculhando coisas pela ilha, descobre que a garota
estava escondendo um estrangeiro. E agora? Ele irá entrega-los ao governo? Que
tipo de envolvimento esses três terão entre si?
Jang Beo Jin é uma
jovem nativa da ilha de Tamra, um local rico em plantações e diferentes frutos
do mar. Por essa razão, faz praticamente parte da cultura deles as mulheres se tornarem
mergulhadoras. Sua mãe é chefe das mergulhadoras, o que faz com que
responsabilidade de ser uma boa nisso seja mais pesada em suas costas. No
entanto, ela não leva jeito para essa vida, o que a faz se sentir deslocada e
inútil. Fugir de tudo isso é o que ela mais deseja, mas para onde correr? Sendo
uma moça de beleza comum, atrapalhada e ingênua, ela gostaria de encontrar o
seu próprio lugar. Então, um dia, ela encontra uma pessoa totalmente diferente
do que já havia visto antes. Apesar da
surpresa do começo, para ela, parecia mais um sonho encontrar alguém que veio
muito além desse mar. Ao ser avisada que estrangeiros seriam mortos se fossem
descobertos pelo governo, a garota, desesperadamente, tentou o proteger,
alimentando-o e arrumando um lugar para escondê-lo. Mesmo que ele não
entendesse nada do que falava, se sentia à vontade enquanto abria seu coração para
ele. Em meio a isso, ela tinha que lidar com o arrogante exilado, com quem não
se deu bem desde o começo. Morando em sua casa, tinham que conviver. Pouco a
pouco, notou que ele não era uma má pessoa.
Willian J. Spencer é um
jovem aristocrata britânico, bonito, ingênuo e sonhador. Ele ama música, artes e acabou se apaixonando
pela cultura asiática. Sua mãe não gosta muito que ele fique tão interessado
nessas coisas e tem providenciado seu casamento. Porém, não era o que ele
desejava. Seu sonho era conhecer esses lugares e suas artes, por isso, quando
surgiu a oportunidade, não hesitou em fugir e seguir seu coração. Ao navio naufragar,
é levado, pelas ondas, à ilha de Tamra. Foi assim que conheceu a sereia que
salvou a sua vida. No começo, não entendia nada do que ela falava, por isso,
não entendia que era muito perigoso ser descoberto. Então, mesmo que Beo Jin
falasse para ele não sair da caverna, às vezes, ele saía para procurar coisas
suas, que haviam se perdido. Depois de
um tempo, a moça ensinou-o algumas palavras. Assim, as coisas passaram a fazer
sentido. Willian estava encantado, tanto com a ilha quanto com sua salvadora. Eles
fizeram uma promessa que, quando ele fosse embora, a levaria junto.
Para o jovem britânico, esta pessoa se tornou mais
importante que sua própria vida. Mesmo sabendo que tinha que ir embora, não
importava o que, queria levá-la com ele. O que poderia ser isso, senão amor? Conseguindo
entender bem a língua local, devido à sua alta inteligência, ficou mais fácil
se comunicar. Dias mágicos estavam passando juntos. Para Beo Jin, Willian era especial, e faria
qualquer coisa para o proteger. Ele era seu primeiro amigo, seu primeiro amor, aquele
que a levaria para longe e a permitiria conhecer um novo mundo e diversas
possibilidades. Os momentos que passavam juntos eram tão encantadores, que
lembram “Pocahontas”, agora que penso. Beo Jin se considerava feia, sem
atrativo algum, porém, o Willian foi a primeira pessoa a dizer que ela era
linda. Todavia, essa aventura e esse amor seriam arruinados pelo exilado, que
acabou descobrindo as suas situações. E agora? Esse amor dará frutos?
Park Kyu é um nobre
que foi condenado ao exílio, por supostamente assediar mulheres. É um homem arrogante
e perspicaz. Em sua chegada à Tamra, se envolve em uma confusão com a Beo Jin,
quando tropeça nela e pega algo que a pertencia, sem querer. Coincidentemente,
ele é obrigado a viver na casa da jovem, entre plebeus. No começo, foi difícil
aceitar as mudanças drásticas que sua vida estava sofrendo, já que, obviamente,
não havia nenhum luxo com o qual vivia. Porém, não havia outra forma de
sobreviver ali, a não ser começar a aceitar a sua nova vida. Enquanto
vasculhava os acontecimentos da ilha, ficamos cientes de que ele não é um
exilado qualquer. Existe muito mistério sobre quem ele é, de fato. Quando
descobre o estrangeiro, ao primeiro momento, é convencido pela mergulhadora a não
contar. Isso só foi possível porque, de alguma forma, ele se sentia afeiçoado à
garota problemática e atrapalhada.
Seu exílio era cheio de mistérios, porque ele xeretava
cada canto da ilha, como se tivesse em busca de algo. Enquanto isso, por alguma
razão que não dava para entender, ele permanecia calado sobre o estrangeiro.
Porém, cada vez mais se encontrava incomodado com a aproximação de Beo Jin e
Willian, e ele mesmo não entendia o motivo disso. Logo, ao conviver com a garota, se tonou cada
vez mais afeiçoado a ela. Para que a existência do britânico não fosse uma
ameaça às suas vidas, resolveu ajudá-lo a ir embora de uma vez. O que não
esperava é que a mergulhadora estivesse disposta a ir junto. Assim, Park Kyu
percebeu seu amor não correspondido por ela e entra em uma rivalidade amorosa
com Willian. Park Kyu é um fofo também, uma vez que se apaixona, mas eu não
consigo shippá-los, porque a shippo com Willian. Vê-los juntos
também dá uma cosquinha no coração.
Yan Kawamura é um
japonês que trabalha em um grande clã de mercadores. Em uma de suas muitas viagens,
fez amizade com Willian. É um homem astuto, perspicaz e desconfiado. Ao levar o
seu amigo nessa viagem, também acabou na mesma condição, parando em Tamra. Foi
mais fácil para ele disfarçar que é um estrangeiro, por também ser asiático e
saber falar a língua local. Depois de uns dias, encontra Willian e tenta fazer
de tudo para tirá-lo dali. Porém, o apaixonando britânico não facilitava, desde
que não estava disposto a ir sem a menina por quem se apaixonou, o que virou um
grande problema. Depois de várias tentativas falhas, ele vai embora sozinho. Só
volta após fazer um acordo com mãe de Willian.
Existem alguns outros personagens e talvez fosse
interessante falar sobre eles, mas preferi falar desses quatro. Eu gosto muito
da trilha sonora, parece até coisa de Disney. Será que foi mesmo
inspirado em Pocahontas? Não faço ideia. Mesmo assim, foi realmente muito bom,
mesmo que nem tudo tenha sido como eu queria. Por essa razão, não posso deixar
de indicar. INDICADÍSSIMO!!!
Gênero: Romance, Drama, comedia, Época
Dorama: 20 episódios
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