A história envolve a adolescente, Ryo Aihara,
uma garota tímida e insegura que tem dificuldade de se socializar e fazer
amizade. Por essa razão, ela vive sozinha. Como se fosse invisível, ela tem
sobrevivido. Ao observar as pessoas ao redor, conversando entre si e se divertindo,
trocando seus números de celulares e tendo uma ligação através deles, mesmo
quando não estão juntos, a fez sentir uma pontada de inveja. Se ela tivesse um
celular, será que seria capaz de conversar com alguém e conseguiria fazer
amigos? Esse era o pensamento que vinha em sua mente. Tão sozinha e solitária,
ela passou a imaginar como seria seu celular e o que faria com ele. Um dia,
acordou com um barulho de alarme, porém, não era seu alarme de costume. No
mesmo dia, na sala de aula, escutou um celular tocando. Ninguém estava ouvindo,
mas era justamente a melodia que ela havia imaginado colocar em seu celular
imaginário. Apesar de ser estranho, ela não sentiu medo. Na verdade, achou
impossível que ele tocasse. Então, mais uma vez, ele tocou e, ao atender, uma
voz ressoou. Será que isso era real? Ou apenas imaginação? Seria possível que o
desejo tão intenso de conseguir falar com alguém fizesse um celular imaginário
funcionar?
A outra voz no telefone imaginário
era supostamente de um garoto chamado Shinya Nozaki, que, assim como Ryo, era
alguém solitário, que não conseguia se comunicar e fazer amizade com os outros.
Apesar de parecer impossível, eles acabaram provando a existência um do outro.
Shinya morava em Hokkaido, no mesmo século, porém, com uma hora de diferença
dela. O desejo de também se livrar da solidão o fez passar a imaginar ter um
celular, e quando digitou um número qualquer, acabou dando no celular de Ryo.
Shinya amava consertar coisas. Não tinha nada que o deixasse mais feliz do que
algo que consertou fosse usado por alguém. Nos dias em que podia se comunicar
com Ryo, eram um dos melhores momentos para ele, afinal, ela era a única com
capacidade de ouvir a sua voz.
Quando Ryo tentou testar o celular,
uma vez que descobriu a possiblidade de alguém atender, acabou se conectando a
outra pessoa, que se apresentou a ela como Harada. Uma mulher, que trabalhava
em uma empresa e tinha 28 anos, que por mais louco que parecesse aquela prática,
já estava acostumada. Inclusive, ensinou várias coisas a ela a respeito disso, a
ouviu e a aconselhou. Uma pena que os seus conselhos nem sempre vieram na hora
certa, ou melhor dizendo, uma pena que foi tarde demais.
Essa história pode mostrar bem a vida de uma pessoa
que é muito solitária. Podemos ver o quão doloroso é ser solitário. Tem pessoas
que têm muita dificuldade em se relacionar, em socializar e fazer amizade. Não é
por elas não quererem. Muitas vezes elas querem, mas não sabem como, não têm
confiança alguma e, assim, acabam afastando as pessoas sem querer. Às vezes,
essas pessoas que são cheias de solidão buscam uma forma de suprimir isso.
Acredito que isso seja o que essa história quis dizer e nos passar. Quando você
está sozinha, o que você pensa ou faz? Já chegou a imaginar situações para
suprimir aquele momento de solidão ou tédio? Eu sim!! Porém, isso é um segredo
só meu. Um mangá muito bom e indicado.
Gênero: Drama, tragedia
Autor: OtsuichiIlustrador: Hiro Kiyohara
Mangá: 1 Volume
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