Conheci esse mangá há uns 3 ou 4 anos e acompanhava o lançamento dele pelo site Ridisu. De um tempo para cá, finalmente chegou ao fim. Esse josei é mais uma obra da mangaká Yoshihara Yiki, já falei de uma das obras dela aqui, “Aisuru hito”, (clique aqui). Por ela ter um estilo único de abordar de forma cômica o romance adulto, mesmo sem ler quem era a autora, percebi enquanto eu lia. Dessa vez, eu tenho que dar os parabéns, pois mesmo ela ainda usado seu jeito cômico, que é a sua marca, ela foi muito mais cautelosa. Diferentemente da outra obra, ela soube balancear bem todos os sentimentos, sem exagerar demais na comédia ou estragando o romance.
Então, de todas as obras que conheço, até agora, essa foi
a melhor. Outra coisa também é que ela melhorou muito a sua técnica de
ilustração. Pode-se notar semelhanças com antigamente, é claro, mas está muito
mais bonito agora. Foi por isso que, só de olhar a capa, não notei de cara que
era obra dela. Esse mangá é muito gostoso de ler, pois encontramos um pouco de
tudo, principalmente muitos momentos de completa descontração. Eu amo histórias
em que o cara, como mordomo, serve fielmente seu mestre, mas ela pegou essa
lealdade e encaixou em muitas situações que tornou isso muito engraçado. É como
se ela dissesse "olha só como sua vida seria se você tivesse um mordomo e ele virasse seu
namorado". Muito engraçado e intenso ao mesmo tempo.
A história gira em torno de uma menina que é filha de uma
família rica de comerciantes, entretanto, eles vieram à falência, perdendo seus
empregados, sua casa, tudo. Agora, vivem de forma humilde como cidadãos
japoneses comuns, lutando para, ao menos, se manterem com sua pequena loja de
udon, que conseguiram através de empréstimos. A garotinha, que agora é uma adulta,
está indo à luta, atrás de um bom emprego para ajudar sua família. Quando chega
em uma entrevista de uma grande empresa, ela fica chocada quando o
entrevistador pergunta de forma descarada se ela era virgem. Totalmente
constrangida, ela diz sim.
Outro dia, recebe a notícia de que conseguiu o emprego. Quando
chega lá, descobre que o cara que fez a pergunta constrangedora é o seu novo
chefe, extremamente severo e às vezes gentil, um homem estranho. Entre muitos
acontecimentos, ela acaba por descobrir que, na verdade, ele era seu antigo
servo pessoal. Embora ele quisesse esconder por um tempo sua verdadeira
identidade, sua fidelidade de servo não permitiu. O seu servo, que é também seu
chefe, ainda a tinha como sua mestre. Agora, ela tem que lidar com ele como um chefe
muito severo e um servo muito eficiente. Estaria bom se o relacionamento deles
ficasse somente nisso, entretanto, a jovem acabou por vê-lo além de chefe e
servo, criando sentimentos por ele. Para ele também não parecia ser diferente.
Atrás daquele comportamento de servo, dava a entender que ela era muito mais que
disso para ele. Porém, para ele, como servo leal, será que ela conseguirá
ultrapassar essa barreira e os fazer ser um casal normal?
Kuze Chouko é uma
jovem muito delicada que, embora hoje seja pobre, carrega ainda a sua estatura
dentro de si, ainda pode ser bem nobre. É uma moça alegre, atrapalhada, porém
muito esforçada e tem dificuldade para mentir. Ao começar a trabalhar na
empresa, ela cometeu muitos erros que fizeram seu chefe muitas vezes ser muito
severo com ela. Entretanto, em outros momentos, ele era gentil, o que a fez
acabar gostando dele. Descobrir que ele era seu servo e que mesmo depois de ter
saído de sua casa, ele nunca a esqueceu, a fez muito feliz. Muitas vezes, eles
brigavam e ela o acusava por assédio. No
fundo, ela gostava, esse era meu ponto de vista. Essa é uma heroína bem
legal, gosto dela. Não fez nada
irritante, não hesitou no que queria, lutou firme por tudo, bem, ela era muito
amada, no fim das contas. Quem deu trabalho mesmo foi o senhor chefe e servo e
amante.
Doumoto Masayuki é um
homem muito inteligente, prestativo e bonito. Trabalha em uma grande empresa e
é muito respeitado, até mesmo o presidente da empresa o respeita e confia muito
nele. Ele é um verdadeiro otaku, o que deixa bem claro, mas eu acho que o seu
fetiche é ser servo. Nesses anos todos, ele tem feito muito dinheiro e procurou
a família que serviu por um longo tempo. Seu objetivo de vida é comprar as
terras onde ficava a mansão da família Kuze e voltar a servir sua Dama. Não
importa o que ele tem que fazer para conseguir isso, ele está disposto. Doumoto
acreditava que não importava o que, entretanto, quando sua Dama estava tão
perto dele, ele acabou recusando um casamento com a sobrinha do presidente.
Tudo
porque ele queria apenas servir e estar ao lado de uma única mulher. Ele dizia
que só servi-la era suficiente e, no começo, até negou seus sentimentos por não
passar de um servo. Entretanto, estava sempre livrado-a de qualquer homem. Às
vezes, ele era cruel para ensinar lições como chefe, mas era um verdadeiro
grude como servo e estava sempre cuidando de tudo. Quando, finalmente, ele resolve
admitir seus sentimentos, ele passou a ser um verdadeiro assediador. Ver ele sendo
assim, sempre tocando-a, me lembrou muito meu esposo. O que mais gostei é que
aprendi a respeitar esse lado assediador do meu esposo por causa do Doumoto. Ele
dizia que era porque ele amava tanto, que sentia só vontade de tocá-la a todo
momento. Eu pensei "nossa, como sou amada e nem tinha notado".
Tem
outros personagens que vão aparecendo no decorrer da história. Não falarei
deles, pois não há muito a ser dito sem revelar coisas que vocês devem
descobrir no decorrer. Essa história é muito divertida e tudo acontece de modo desenrolado, o que
torna tudo muito agradável. Você "racha" de rir muitas vezes e, além
disso, tem algumas cenas quentes. Eu gostaria que tivesse tido foco também no
casal secundário, achei uma pena não terem focado neles. Então, superindicado.
Leiam e depois me contem o que acharam.
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